“Infância”, de Graciliano Ramos: memória e transculturação narrativa

Delineia-se a identificação de elementos modernos e configuradores de transculturação narrativa na obra "Infância", de Graciliano Ramos. Trata-se de um livro que oscila entre a confissão e a ficção, perfazendo uma interessante mescla pautada no tom memorialístico e na dificuldade de acessar e representar as recordações advindas da memória.
Texto de apresentação por Gabriel Reis Martins
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A memória, com seus funcionamentos e seus mistérios, é um tema que atravessa não só inúmeras obras da filosofia desde a antiguidade, como também se faz presente nos mais variados escritos da literatura. Quem não se lembra, por exemplo, dos três calhamaços que compõem Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, obra que, para além de sua beleza, funda inúmeros procedimentos narrativos, principalmente ligados à rememoração?

Pois bem, nesta publicação, gostaríamos de trazer um artigo que faz luz justamente na dimensão literária da memória – e, mais especificamente, da memória na literatura brasileira –, procurando entender de que maneira os autores frequentemente preenchem as lacunas, efeito natural do tempo, de suas lembranças. O artigo foi escrito pelo pesquisador de literatura brasileira Alexandre Fonseca, que analisa a obra Infância, de Graciliano Ramos, a partir de percepções extraídas do próprio livro e de considerações feitas por seus críticos.

Nós do Duras Letras agradecemos ao pesquisador pela redação do artigo e esperamos que suas palavras possam contribuir com a leitura de vocês, como contribuiu para a nossa!

Para baixar o texto, clique no botão abaixo:

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